quinta-feira, 19 de fevereiro de 2015

Fim do Exame da OAB volta a ter força na Câmara



O Novo Presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha, volta a emplacar o seu desejo de extinguir o Exame de Proficiência em comento.


O tema voltou a figurar, fortemente, nas discussões, após a posse do Presidente que, definitivamente, não esconde o seu desapreço pela Instituição responsável pelo teste, a OAB.

Aparentemente, o conflito entre a OAB e Cunha não surgiu apenas de uma mera divergência de opiniões e interesses. Logo depois do deputado ser destituído da função de Relator da Proposta do Novo Código de Processo Civil, principalmente, pela campanha contrária exercida pela OAB, ele apresentou o PL 2.154/11, o qual visava a extinção da Prova.

O deputado também apresentou à Câmara o PL 4.174/12, que, por sua vez, busca modificar a forma que ocorrem as eleições do Conselho Federal da Ordem, estabelecendo, ainda, que a eleição para a OAB obedeça ao disposto nas leis de inelegibilidade (LCs 64/90) e ficha limpa (135/10). O projeto tramita em conjunto com outras vinte propostas, reunidas sob o Projeto de Lei 5054/05, acerca do Exame de Ordem, sobretudo defendendo este. O relator dos textos, deputado Marco Feliciano (PSC-SP) rejeitou o PL 5054/05 e recomendou o fim do exame da OAB. O parecer ainda precisa ser votado pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ).

No outro pólo da discussão está, entre outros, o deputado Ronaldo Caiado – Líder do DEM, que defende, veementemente, a realização do exame para a avaliação da qualidade dos cursos de Direito e dos profissionais: “Não é cancelando o concurso da ordem que se vai resolver o problema da falta de qualidade dos cursos de Direito”.

Segundo o site da câmara, o deputado Fabio Trad (PMDB-MS), afirma que não é a OAB que erra ao instituir o exame, mas as outras profissões que se omitem. Ele também alega que desavenças estão levando o Congresso a tentar esvaziar o poder político da OAB.

Cumpre mencionar que, a própria OAB funda-se no argumento precípuo de que o exame já foi julgado constitucional pelo Supremo Tribunal Federal, em 2011.

Ocorre que, talvez, o maior problema não seja a aplicação de um exame de proficiência (em todas as profissões, mormente naquelas que lidam com a vida e outros direitos fundamentais, isto é, liberdade; segurança; propriedade, etc.) e sim o agente aplicador do exame que, provavelmente, considerando as características da prova, poderia ser o MEC. Apesar de seus problemas com o ENEM, inegavelmente, ele seria o titular do direito e do dever de aplicar este tipo de avaliação.

Quanto à proposta do deputado de a OAB ser fiscalizada pelo TCU, transparência nunca é demais, inclusive em uma instituição considerada “sui generis”, com diversas peculiaridades e características ímpares, acrescentando que, insofismavelmente, nenhuma ordem; grupo; associação deveria estar acima da Lei, em qualquer aspecto.

5 comentários:

  1. Senhores Deputados Federais, representante do povo brasileiro, não é justo uma Instituição Privada ser maior que a Federação, não é justo uma prova depois de 5 anos de Universidade, onde foram aplicado prova, testes, trabalhos, estágio.
    Vejamos a OAB é maior que o MEC, é maior que a União.
    Existe inúmeras fraudes neste exame, senão vejamos:
    Revista Isto é - Fraude na OAB
    Ministério Público e Polícia Federal investigam pagamento de propinas em exames da entidade em Brasília
    RUDOLFO LAGO
    http://www.istoe.com.br/reportagens/3023_FRAUDE+NA+OAB
    R7 da Record.
    Quadrilha indiciada por fraude na OAB cobrava até R$ 300 mil por respostas de concursos públicos.
    Investigação da Polícia Federal apontou que 152 candidatos fraudaram exame em 2009
    http://noticias.r7.com/.../quadrilha-indiciada-por-fraude...
    G1 da Globo. Fraude em exame da OAB incluiu 'cursinho' com questões da prova. Justiça abre processo contra 37 acusados após operação da PF.
    Entre os réus, nove estão presos preventivamente.
    http://g1.globo.com/.../justica-federal-abre-processo...
    São tantas fraudes deflagradas na internet, é uma vergonha.
    Outra pergunta, onde empregado o dinheiro arrecadado em cada prova, a prova deveria ser aplicada pela União, através do MEC.
    Porque somente o acadêmico de direito depois de formado, sendo bacharel faz este tipo de exame.
    Autoridades são contra o exame da OAB.
    Desembargador diz que Exame de Ordem é um monstro criado pela OAB.
    A obra de Vladimir Carvalho traz uma série de críticas e questionamentos sobre o Exame da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB).
    http://www.opharol.com/index.php?option=com_content...
    Desembargador Sylvio Capanema, ex-vice-presidente do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro. Exame da OAB é tão difícil que, hoje, eu não passaria', diz desembargador.
    http://g1.globo.com/.../exame-da-oab-e-tao-dificil-que...
    Dep Marco Feliciano - Parecer histórico contra o exame de ordem sobre 17 projetos – Dep Marco Feliciano – exame de ordem pelo MEC - exame de ordem INCONSTITUCIONAL.
    http://inaciovacchiano.com/.../parecer-historico-contra.../
    O professor Miguel Reale, renomado jurista, ícone do direito no Brasil é contra o exame de ordem dos advogados. Em um de seus pronunciamentos ele diz:
    “... as Faculdades de Direito formam advogados. Contudo, pelo que dispõe o "famigerado" Exame de Ordem da OAB, as coisas não são assim.”
    Muito importante, é a afirmação do Presidente do Instituto de Magistrados do Distrito Federal, Desembargador Valter Xavier:
    “O exame de ordem cria uma indesejada reserva de mercado”.
    Diz mais Sua Excelência:
    “A prova não avalia se o bacharel está apto ou não para exercer a profissão. Ele testa a capacidade de memorização. A pessoa se torna um bom advogado acumulando o conhecimento ao longo dos anos que ficou na faculdade e no próprio exercício da advocacia”.
    http://www.profpito.com/AILEGALIDADEDOEXAMEDAORDEMDOSADVO...
    Se pesquisar existe inúmeras Autoridades (Desembargadores, Políticos) e até membros da OAB que são contra o exame de ordem da OAB.
    Senhores Deputados Federais, coloquem em pauta o projeto de Lei que extingue o fim do exame de ordem, pois a OAB, instituição privada não pode e nunca poderá ser maior que o MEC, ser maior que os três poderes até porque ela OAB nenhum dos três poderes é, senão uma instituição privada, que quer reger a função do MEC.
    ISTOÉ Independente - Brasilwww.istoe.com.br
    ISTOÉ Independente - Brasil
    DELAÇÃO PREMIADA O depoimento de Priscilla Antunes à PF acusa Estefânia Viveiros,...
    ISTOE.COM.BR

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    1. http://www.istoe.com.br/reportagens/3023_FRAUDE+NA+OAB

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    2. Srta. Barbie, sobre tudo o que escreveu, gostaria de dizer poucas palavras:
      1) Há sim, falhas como há em todas as instituições do Mundo, o que obviamente não vou fazer como um certo partido governamental que tenta justificar suas falhas dizendo que não são os únicos. As falhas têm que ser revistas, investigadas e punidas, mas perceba o que diz o tópico seguinte:
      2) Só há demanda por gabaritos, porque pessoas desonestas querem se tornar advogados, para fazerem mais com uma credencial importante. Sem o exame, essas pessoas já estariam dentro, sem precisariam gastar dinheiro tentando obter um gabarito;
      3) Graças a Deus, ainda há no Brasil uma instituição importante e forte que não está a serviço e nas mãos de um governo largamente corrompido, sendo ainda uma esperança para o país;
      4) Pense comigo: As leis que a OAB usa no concurso são as mesmas que se usam nas faculdades e estão disponíveis para quem quiser, sem limites nos meios de acesso público e livros; Os professores são também da mesma linhagem dos que aplicam as provas da OAB (Pelo menos das melhores Faculdades), como um aluno consegue documentalmente passar pelas faculdades durante 5 anos e esquece tudo no dia do Exame da Ordem? O que está errado? O EXAME DA ORDEM? NÃO! O que está errado é o MEC, que a Srta citou, as milhares de faculdades "magicas" que surgem a cada dia, muitas cobram um barato caro de alunos que são enganados pelo ensino malfeito, na falta de fiscalização do mesmo MEC (Até deles mesmo - leia-se ENEM, PRONATEC e etc.);
      5) Com esse nome, não dá para imaginar que realmente a Srta. entenda, pois até onde sei, bonecas não pensam... Mas tirando a brincadeira de lado, imagino que atrás de vugo de boneca, existe uma brasileira que se interessa de alguma forma (quero acreditar nisto) pelo bem do seu país e seu próprio futuro. Então gostaria que considerasse essas palavras e refizesse sua visão sobre o que está errado hoje no nosso Maravilhoso e maltratado Brasil.

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  2. Reproduzo meu comentário do Face: A grande verdade é que muitos que cursam direito não pretendem advogar, são até, em alguns casos, como no de servidores públicos de variadas áreas, até impedidos de advogar; costumam bancar (muitas vezes com sacrifício) os próprios estudos. É facil perceber isto numa classe. Portanto, acho, data venia, um grande equívoco continuar tomando-se a OAB (ou também o Exame da Ordem) como a fonte exclusiva e fim único do conhecimento jurídico, tal qual também infelizmente costuma endossar o MEC. Paulo Rogério

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  3. Sou primeiro-anista de Direito, mas já sou profissional em outras áreas, com 20 anos de carreira. O que pretendem essas pessoas que tem pronome de tratamento V. Exa. mas não fazem a menor solenidade para horar o próprio pronome, pois estão muitissíssimo longe da Excelência, é fazer com que uma das poucas profissiões no Brasil que realmente exija o conhecimento, passe a admitir pessoas displicentes, que não aprenderam o necessário para lidar com uma matéria tão delicada, chamada JUSTIÇA. Pode-se observar claramente o resultado dessas lacunas em autoridades que não precisaram fazer o exame da Ordem para assumirem cargos como juízes, deputados e consultores jurídicos (Obviamente NÃO TODOS) em grande número, cometem excessos, injustiças irresponsáveis, ações antiéticas e até criminosas, muitas vezes inclusive, colocando a lei a serviços de coisas ilegítimas e prejudiciais a sociedade , mormente àqueles que tem fragilidade e dificuldade em defender-se contra as afrontas impostas, por serem os menos privilegiados em recursos humanos, financeiros, culturais e até mesmo intelectuais. Infelizmente nosso país vive a beira de um colapso social que pode gerar uma revolução positiva como tivemos em 1992 ou ainda piorar, instalando-se uma Neo Democracia Ditatorial Explícita (Por enquanto apenas não é totalmente explícita).

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